A gênese de nosso projeto começou e ainda o é centrada na realização de um trabalho voluntário mediação de leitura literária para as infâncias. A literatura tem sido um dos grandes vetores da expressão humana, seja na apresentação oral, seja na apresentação escrita. Pelas palavras, podemos registrar paixões, medos, trajetórias, devaneios, indignações, sonhos e territórios. A literatura se institui como meio de experiência e vivência, como instrumento de humanização e modificação da vida, pois é produto da própria sociedade. Deste modo, pode ser vista como um direito indispensável às pessoas, pois conduz ao autoconhecimento e ao entendimento do outro.
Roda de mediação de leitura | mediadores e crianças leem livros literários em voz alta aos demais e discute-se o que foi lido
Debate | “Cearenses Incríveis” – diálogo sobre a cultura regional a partir de personalidades e desenvolvimento, semana a semana, do livro próprio de cada criança dos “Cearenses Incríveis”
Atividade lúdica e/ou artística | realização de partidas de xadrez, Uno, jogo da memória, adivinha, confecção de pulseiras, oficina de pintura com aquarela, tinta guache, lápis de cor, carvão ou cola plástica, brincadeiras de quintal etc.
Nesse sentido argumenta Antonio Candido:
A luta pelos direitos humanos abrange a luta por um estado de coisas em que todos possam ter acesso aos diferentes níveis da cultura. [...] Uma sociedade justa pressupõe o respeito dos direitos humanos, e a fruição da arte e da literatura em todas as modalidades e em todos os níveis é um direito inalienável.
CANDIDO, Antonio. O direito à literatura. In: CANDIDO, Antonio. Vários escritos. São Paulo/Rio de Janeiro: Ouro sobre azul, 2004. pp. 169-191. p. 191